MAIS DIREITOS HUMANOS. 2ª edição da Gaymada de Contagem leva alegria e diversidade ao Novo Eldorado

MAIS DIREITOS HUMANOS. 2ª edição da Gaymada de Contagem leva alegria e diversidade ao Novo Eldorado

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No centro da quadra do Complexo Esportivo Cruz Azul, 15 jovens formaram um círculo jogando corta três. Todos se divertiram: os jogadores e plateia, igualmente animada. Famílias inteiras foram assistir. Esse exercício era apenas o aquecimento de um evento maior, tanto nas atividades como no seu significado: a 2ª Gaymada de Contagem.
- A realização da Gaymada busca a quebra dos preconceitos contra a comunidade LGBTAIQPN+ (Lésbicas, Gays; Bissexuais, Transgêneros, Queer, Intersexuais, Assexuais, Pansexuais e Não-binarie), pode meio da ocupação dos espaços públicos, de forma inclusiva. Por isso a atividade é aberta a todos que quiseram participar, independentemente da orientação sexual.

- “É trazer o esporte para envolver a política pública de diversidade e igualdade. É ocupar esses espaços mostrando que nós estamos aqui”, explicou um dos diretores do Cellos e integrante do Conselho Municipal de Promoção da Cidadania e Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (COMLGBT), Eduardo Mamede, mais conhecido como “Dudu Fashion”.
- Moradora do bairro Novo Eldorado, Ana Carolina de Souza esteve em sua segunda participação na Gaymada. “Mostra para toda a população que a comunidade LGBT se integra às demais. Aqui não há essa diferenciação”, disse.
- Ela falou, ainda, da importância de atividades como a Gaymada por meio da sua própria vivência familiar. Mãe de uma transexual (pessoa que não se identifica com o sexo biológico com o qual nasceu), ela explicou que toda sua família acolhe e respeita seu filho como pessoa trans. No passado, porém, a situação foi diferente. “Minha irmã quando disse ser lésbica, há 27 anos, para a família foi complicado. Todo mundo a criticava. Eu fui a única que fiquei ao seu lado, defendendo-a e ao seu direito de ser o que ela quisesse ser”. Assim ela reconheceu que essas vivências coletivas colaboraram para derrubar a hostilidade e a descriminação e que, hoje, a situação é bem melhor.
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Fotógrafo Newton de Castro Resende