Política de Enfrentamento à Endometriose é aprovada na Câmara de Contagem

Política de Enfrentamento à Endometriose é aprovada na Câmara de Contagem

Nos últimos meses, o Brasil acompanhou a batalha da cantora Anitta contra a endometriose, doença ginecológica que afeta mais de 8 milhões de mulheres no país, causando cólicas intensas no período menstrual, dor pélvica crônica, dor na relação sexual, alterações intestinais e urinárias, além de infertilidade. A visibilidade da celebridade foi importante para a causa, pois, apesar de muito comum, a doença ainda é desconhecida pela maioria das pessoas.

Com o objetivo de promover a conscientização sobre essa condição, dando visibilidade à causa, com vistas a reduzir o tempo de detecção e melhorar o prognóstico e a qualidade de vida das mulheres acometidas, a Câmara de Contagem aprovou, nesta semana, um projeto de lei (PL) que institui a Política Municipal de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose.

Proposto pelo presidente da Câmara, vereador Alex Chiodi (Solidariedade), o PL 79/2022 traz uma série de diretrizes para a política pública, incluindo: promover a divulgação de ações preventivas, terapêuticas e legais relacionadas à endometriose; conscientizar as mulheres para que busquem o diagnóstico e tratamento no início dos sintomas;  garantir o acesso à informação sobre o diagnóstico e tratamento, bem como o acesso universal aos serviços públicos de saúde; sensibilizar outros setores da sociedade.

Além disso, o projeto estabelece a Semana Municipal de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose, a ser realizada anualmente nos dias próximos a 13 de março – data em que se celebra a realização da 1a Endo Marcha do Brasil (Marcha pela Conscientização da Endometriose).

“Desde 2016, o Ministério da Saúde, por meio de uma portaria, orienta que os municípios a implantem políticas públicas para fazer a conscientização, a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento da endometriose. É uma doença que afeta um número muito grande de mulheres, e é marcada pelo crescimento de glândulas, tecidos e até miomas fora da cavidade uterina, gerando inflamação, sangramentos, dor e desconforto”, explicou o autor.

Alex Chiodi acrescentou que “o projeto visa adequar o município às diretrizes do Ministério e tem por objetivo amenizar essa condição, dar o tratamento adequado, com uma equipe multidisciplinar, e antever um problema mais grave, a partir de ações da Secretaria de Saúde no sentido de conscientizar e orientar as mulheres”.

Durante a votação do projeto, o vereador Zé Antônio (PT) parabenizou o autor, destacando a importância da iniciativa. “Hoje, temos muitas mulheres na cidade passando por dificuldades, aguardando um tratamento cirúrgico, com sangramentos, com problemas uterinos, dor e até perda da fertilidade, justamente, pela falta de uma política de cuidados especiais relacionados à endometriose. Tenho certeza que prefeita Marília Campos vai entender a relevância desse projeto e sancionar essa lei tão importante”, concluiu.